segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O medo

Os pais normalmente, tem seus medos a respeito do que se tornarão seus filhos, nos pais de autistas, esse sentimento de incerteza se multiplica, o medo de como será o mundo deles, o que serão deles quando nós pais, não estivermos por perto, quando pensarem nisso evitem mudem de pensamento é algo angustiante, um dor terrível, uma sensação semelhante só que em um grau bem mais elevado, como se os perdesse no escuro, um mergulho no mar a noite em plena tempestade, as incertezas do que pode acontecer, mas somos fortes, e está em constância motivação, incentivando tudo, sabe quando você tem um bebê e a cada evolução seu coração entra em festa, o nosso é a cada nome pronunciado, a cada olhar recebido, a cada atitude inesperada, aplaudimos e parabenizamos como se tivessem ganhado uma maratona, pela superação, as vezes o sentimento angustiante de pensar que ele esqueceu como se escreve, como se fala mundo dele esteja com as portas abertas para nós e todas as pessoas que quiserem ajudá-lo, mas a paixão por ele e o amor segue firme e forte para não se deixar abater, para que ele se supere, para que o  mundo dele esteja com as portas abertas para nós e todas as pessoas que quiserem ajudá-lo, e que ele possa ter uma vida normal e em um mundo sem violência.


Ana Paula Cavalcante – 04/01/2616

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Quando chega o momento em que se constituí uma família

É muito importante quando nos tornamos pais, ter consciência sobre o nosso papel, agora que não somos mas uma só ou duas pessoas morando juntas, ou uma família constituída por um casal e animais, um casal de pessoas que se amam, temos o dever e a responsabilidade de encaminhar e ofertar os meios de fazer aquele pequeno ser,  se tornar alguém de bom coração, com responsabilidade não como um adulto mais de uma pessoa civilizada.
Criança tem que ter regras, saber os seus limites, passar a compreender o mundo e respeitar suas diferenças.
Quando me tornei mãe sabia o quão seria árduo exercer esse papel e como é fundamental eu ter paciência e abdicar de certas coisas para que meu filho seja um homem de bem para o mundo que ele viverá.
Eu me conheço, eu paro muito para pensar e reconhecer meus erros, e por sempre estar tentando me avaliar como pessoa e reconhecendo esses meus erros. Faço com que meu filho não tenha as mesmas atitudes que eu, que ele seja um menino cheio de amor, positividade, esperança, otimismo e coragem. E com apoio incondicional do pai super presente, sei que muitas mães não tem esse meu privilégio infelizmente, e por isso o papel de mãe fica mais sobrecarregado, resolvi escrever para tentar ajudar mães a como lhe dar com seus filho e quais a melhores maneiras de estar perto deles, de como ajudá-las a ser boas mães sem precisar ser aquela pessoa que enche de presentes, roupas, e quereres e nem por isso deixam de ser excelentes mães. Muitas trabalham e acabam tendo muito pouco tempo para seus filhos, não deixem os vídeos games substituí-las, não deixe de conversar com seus filhos, brinquem com eles, abracem a todo momento, e mesmo quando ele tiverem zangados faça-o repirar fudo e expirar(puxa o ar pelo nariz, solta pela boca, pelo menos 10 vezes, e depois pedir desculpas), deixem eles saberem o quanto eles são amados, sempre que se sentirem sozinhas, carentes, chateadas, com raiva peçam abraças aos seus filhos ele sim estarão perto de vocês até os últimos dias e eles sim irão lembrar de como foram amados e gratos por terem tido uma mãe que prezou muito, que cuidou...
Mate-los sempre” arrumadinhos”(sempre com roupas e calçados, limpos e engomados, perfumados, e claro sempre com a higiene bucal sendo bem cuidada. Ajudar a preservar seus brinquedos e objetos de casa, o que você estará fazendo será o que ele fará com você quando já estiver idoso e sem condições de ser como na juventude. É essencial mesmo que você as vezes não consiga, se dedicar em deixar a casa limpinha e pedir que ele colaborem e ajude também, as crianças adoram se sentirem úteis em casa nos afazeres, é difícil? Coloca uma música dança com ela, enquanto arruma a casa tudo fica mais fácil e menos estressante.
Evitem que seus filhos vejam violências, que assistam filmes violentos, escolham de preferência que seus filhos assistam conteúdos que irão ajudar-los a aprender alguma coisa, ah! Mas em casa só tem TV local, a TV ceará tem filmes que vocês poderão notar que eles aprenderão coisas que no dia-a-dia serão crianças inteligentes, TV C
ultura, na TV a cabo Nick jr., Discovery Kids, TV Ratimbum. Antes de dormirem dêem um chá ajudar a dormir bem e serem calmos, rezarem com eles, ler livrinhos, contar historinhas, ah! Mas não tenho livros em casa, tem celular? Tem internet? Busque no Google: histórias infantis. Ensine a sempre por o que não serve no lixo, nada de jogar coisas no chão, limpar quando derramar algo, cantar com eles, evitar palavrões. Pega um hidratante ou óleo hidratante, faz massagens nos pés. Esses são pequenos segredos para terem filhos calmos e educados em casa, ter paciência com as tarefas da escola, sem precisar ser lição da escola ensinar nomes de objetos, cores e formas.
 Esses são alguns do meu segredo de mãe para ter um filho exemplar assim como o meu, meu filho tem 4 anos hoje, e é autista, e com esse modo de criação que tenho com ele, ele é mais amável e educado muito melhor do que outras crianças que não tem nenhuma síndrome.
 Esse é o Nicolas, 4 anos, adora se aventurar seja correndo, nadando, plantando, pintando, fazendo exercícios, escalando... Ele é meu exemplo de vida e superação, e o autismo dele, é apenas uma síndrome e que lhes dá muitas qualidades boas, sincero, inteligentíssimo, organizado, meu filho é exemplo de amor! #orgulhodamamae

SE VOCÊ NÃO TIVER TEMPO COM SEUS FILHOS, ELES NUNCA TERÃO TEMPO PARA VOCÊ.
Esse texto foi elaborado pensando nas mães que vejo, no centro onde meu filho é atendido.

Por Ana Paula Cavalcante

02/12/2015 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

As dificuldades

Hoje nós e o Nicolas, indo aos atendimento de crianças especiais, vejo o quanto é difícil para a maioria das mães reconhecer ou aceitar a diferença de seus filhos, uma grande parede que a sociedade ajuda a aumentar, a esconder evitar falar reconhecer que seus filho são diferentes sim, porém são crianças incríveis, tem tantas coisas a nos ensinar, ensinar mais do que uma criança que não é portadora de nenhum diferença e que é normal tudo que ela vai aprendendo, para nó cada atitude, cada aprendizado é como se fosse um piloto de formula 1 chegando em primeiro lugar, nossos corações se enchem de orgulho ao ver a força de vontade, a luta interna de externar que ele pode que é um ser humano capaz de superar qualquer barreira e ser excelente em suas habilidades como qualquer um de nós.

O que você faria?


Quando a escola omite na maioria das vezes, quando acontece por mais de 6 vezes, quando não se faz uma reunião com os pais, quando você sabe que seu filho não age assim, e quando se tem o relatório da escola que seu filho não interagem com os colegas e isso acontece?
Me arrependo muito de ter matriculado ele numa escola que ele não queria estudar. Ainda não achei a foto de um machucado, que ele passou dias sem poder comer direito, porque a pele do lábio superior por causa da pancada saiu... 
Nunca vieram me chamar atenção por ele ser violento ou ter agredido algum colega de classe.
Quem conhece meu filho, sabe o quanto ele é amável, tem seus momentos de fúria, mas não externa em outras pessoas.
Pessoal que mora na Cohab I, II e Sinhá Sabóia e que seus filhos estudam em escola particular, pensem, investiguem, converse com pais, veja se a escola tem reuniões frequentes, se há relatório bimestral, escola que ausentam os pais da convivência escolar, é deixar seus filho no escuro.

Por Ana Paula Cavalcante

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Como tudo começou...

Olá!
Ainda estou me fazendo mil perguntas, de como irei iniciar as postagens aqui no blog, pois tenho tantos assuntos para dividir como vocês, como é ser mãe, como é receber o amor como mãe, como é pensar no futuro de mãe, como é ter um filho autista, como descobrir, quem procurar, como lhe dar, como é difícil, porém como é gratificante ver sua evolução, Ah! E como é ter uma pessoa super, hiper sincera e emocional.
Vamos lá vou começar a falar como é complicado você distinguir nos primeiros anos de vida.
Quando soube que ia ser mãe foi só alegria, porém com muitos enjôos e a descoberta que iria tomar muitos comprimidos até o Nicolas nascer, pois descobri que tive toxoplasmose antes da gestação e para que meu filho nascesse com saúde tomei muito comprimidos... Sou casada com um homem muito dedicado e pelo desejo que sempre teve de ser pai, ele é essencial em nossas vidas, sempre fazendo o possível e impossível por nós, pela família, pelo nosso bem estar.
O Nicolas nasceu uma criança cheia de saúde e lindo, eu sempre me dedicando a ter uma criança sempre ativa e esperta, sempre estimulando ele a tudo tanto é que com quatro meses ele já sentava com 10 meses ele já dava seus primeiros passos, isso me enche de orgulho, com seis meses ele já balbuciava mam mam... Tirando o desenvolvimento motor, as atitudes dele como balbuciar era como se ele esquecesse, não falava mais, mais até aí nada demais...
Uma criança amável, carinhoso demais, não era uma criança chorona, aliás, até hoje ele não é de chorar, mas com dois anos o Nicolas pouco falava, com três também, falava mais comigo até porque passa maior parte do tempo comigo e eu sempre levando em pediatras diferentes e nada, diziam que é normal, na escola diziam que ele era tímido, sempre notei a dispersão dele, relatava até que levei a um pediatra com especialidade em neuropediatra, ele disse que tinha algo diferente, há tempos eu já vinha pesquisando, você deve estar a se perguntar como? Pelas atitudes dele eu pesquisava sobre comportamento e síndromes, via muito nele sintomas de déficit de atenção, tinha atitude autista, mas preferia achar que fosse apenas déficit de atenção, até que o médico encaminhou para estudo indicando para ele ter acompanhamento de uma fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e uma psicopedagoga. Essas profissionais já detectaram, mas não me falaram nada antes de uma parecer de uma neuropediatra, que me falou que ele tem um espectro autista e que ele ainda não está fechado no mundo autista, foi aí que vi que precisava segurar essas portas com muita paciência e muita inclusão para a vida dele.
Ele tem fixação por filmes e reproduzir todas as falas e gestos, compreende tudo que falamos, tem problemas de prestar atenção, ele fica atento a tudo que está em volta dele, destemido, adora esportes radicais, não tem senso do perigo como atravessar uma rua ou sair correndo no meio dela...

Hoje ele é acompanhado por vários profissionais com os atendimentos necessários e vou sempre postar aqui algo sobre como é ter um autista, como lhe dar, o que devemos saber.